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quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Gravidez Anembrionária

Olá!!! Eu sempre prometo que vou voltar a escrever, mas deixo a vida me envolver em seu turbilhão. 
Depois de muito tempo ensaiando este post, resolvi escrevê-lo, enfim. Em maio deste ano descobri que estava grávida. Foi uma felicidade sem fim! Entretanto, um mês depois, descobrimos que se tratava de uma gravidez anembrionária ou anembrionada. Como assim? (É o que eu sempre ouço)

Imagem do blog Pronta para Ser Mãe
"A gravidez anembrionária (ou anembrionada) acontece quando, ao fazer uma ultrassonografia, no primeiro trimestre da gravidez, o saco gestacional aparece vazio, sem embrião dentro. É o chamado "ovo cego", ou seja, o óvulo fertilizado implantou-se no útero, mas o embrião não se desenvolveu. (...) Apesar de as causas não serem totalmente identificadas, a gestação anembrionária costuma ser considerada um acidente da natureza. Quando um óvulo é fertilizado por um espermatozoide, as células começam a se dividir. Algumas se desenvolvem em forma de embrião, outras em forma da placenta e do saco gestacional. Em alguns casos, a parte do óvulo fertilizado que deveria se tornar o bebê não vai para a frente (provavelmente porque aconteceu um erro durante a fertilização e há cromossomos demais ou de menos), mas a que se destinaria à placenta e às membranas continua crescendo dentro do útero. O corpo não reconhece que o saco gestacional está vazio, já que os hormônios da gravidez ainda estão sendo produzidos (o que impede que haja um aborto espontâneo). (by Babycenter)


Bem, graças a Deus, foi uma das coisas mais difíceis que já passei em minha vida! Graças a Deus, sim. Porque não cheguei a ouvir o coraçãozinho do bebê e minha gestação foi interrompida logo no comecinho (8 semanas) e não tive qualquer trauma físico ou sequela. Muitas pessoas passam por coisas muito piores todos os dias: bebês que nascem mortos ou que vivem poucas horas, doenças incuráveis, perda de pessoas amadas e etc.

Mas, passada a explicação científica, vamos ao que interessa...

A dor emocional é imensa e sinto-a ainda todos os dias, em vários momentos, sobretudo, quando me deparo com uma grávida ou com uma mãe com o filhinho nos braços. Dói pensar na dor do meu marido, na dor da minha mãe que seria avó pela primeira vez, na dor da "Dinda" e de todos os meus familiares. Dói imaginar como ele/ela seria e todas as alegrias de que fomos privados, caso este bebê pudesse estar aqui. Mas a vida tem que continuar e ela não vai parar para esperar minha dor passar. Dá medo de acontecer de novo, dá vontade de saber os porquês. No entanto, precisamos confiar nos desígnios de Deus e pensar que ele sabe o que é melhor para nossa família me faz ter mais força a cada dia.

Se alguém estiver passando por isso, não se deixe levar pela descrença e não deixe sua dor ser maior do que você. Estou superando e sei que nunca esquecerei disso, mas Deus vai nos dar outra chance e talvez estávamos precisando de uma lição como esta para nos prepararmos para ser boas mães de verdade.

Tive que passar por uma curetagem e, acreditem, não é um bicho de sete cabeças. Minha recuperação foi rápida e nada de mal aconteceu. Para quem prefere esperar a resposta do corpo, eu respeito. Mas optei por enfrentar os sintomas físicos de uma vez e proteger meu corpo de maiores dores. 

Muitas pessoas vão olhar para você como se você tivesse algum problema, com olhares duvidosos, como se você nunca mais pudesse conceber, mas isso é uma grande bobagem! Todas as mulheres que conheço que já passaram por isso - e foram muitas, pode ter certeza - depois tiveram gravidezes felizes e saudáveis. Atenha-mo-nos àqueles que nos olham com olhares de Amor e Esperança!

E, não me furtando ao nome do blog, é difícil deixar de se ater ao medo de enfrentar dificuldades para engravidar, quando se tem 34 anos, entretanto, é preciso acreditar e confiar que isso não será empecilho, pois é a vontade de Deus que comanda nossa vida.

Nunca devemos perguntar o "porquê", mas, sim o "para quê"? Que lição vou tirar disso tudo? Onde eu preciso melhorar? Talvez, uma das lições que eu precisava aprender era a Aceitação. Algumas coisas vão acontecer em nossas vidas e nós não vamos poder fazer nada para mudá-las, só poderemos escolher a forma de enfrentá-las: desistir, revoltar-se ou se reerguer e seguir em frente...

O Tempo de Deus é o melhor, sempre!